O Policial é antes de tudo um cidadão republicano, tem que irmanar-se com a comunidade em direitos e deveres.
O Policial é, contudo um cidadão qualificado e preparado pelo Estado, em seu contato imediato com a população, sendo ele procurado, tem a missão de ser uma espécie de “porta voz” de um conjunto de Autoridades das diversas áreas do poder. Alem disso, tem a singular permissão para o uso da força e das armas, evidente, no âmbito da Lei, o que lhe confere a natural e destacada pessoa para a construção social ou para a sua devastação. Pois sua ação ou omissão é vitrine para a sociedade que faz avaliações criteriosas, desde positivas e eficazes, como negativas e desastrosas.
O policial ao se apresentar, naquele momento está dizendo “eu represento o Estado e estou aqui para servir bem”. Para tanta responsabilidade é preciso boa formação, pois o Estado está sendo avaliado naquele momento na pessoa daquele servidor policial. Portanto, o policial deve ter orgulho em fazer parte deste contexto.
Podemos observar os certames para o ingresso nas carreiras policiais, existe uma grande concorrência, isto porque muitos querem fazer parte da Instituição Policial para poder contribuir com a paz social.
O Policial é um cidadão preparado para servir, como podemos observar na Constituição Federal (1988) a nomenclatura de funcionário público para servidor público, isto é, para servir bem a sociedade. Vamos ficar atentos aos dois princípios básicos que norteiam as boas práticas, os princípios “da oportunidade e da conveniência”, estando presente estes dois princípios, pode-se agir com certeza de que a ação será eficaz, no entanto, se faltar um desses princípios, não aja, aguarde o momento certo.
“A expressão funcionário público não é empregada na Constituição Federal de 1988, que preferiu empregar a designação "servidor público" e "agente público" para referir os trabalhadores do Estado. Agente Público é a designação mais abrangente: alcança os agentes políticos, os servidores públicos e os particulares em atuação colaboradora. Os servidores públicos são referidos como categoria de agentes públicos: são os agentes permanentes, profissionais, a serviço da Administração Pública.”
Muitos querem ser policiais, mas poucos têm o condão do Estado para representá-lo. Tenha orgulho, faça a diferença, vamos servir bem, vamos participar com eficiência na construção da paz social.
Pedagogo da Cidadania:
Existe uma dimensão pedagógica na ação policial, pois, como nas outras profissões de suporte público, antecede as próprias especialidades.
Os paradigmas contemporâneos na área da educação nos obrigam a repensar o agente educacional de forma mais abrangente, assim podemos afirmar que, hoje o policial também é um pedagogo social, conforme muito bem dizia o professor Balestreri. A luz desses paradigmas educacionais mais abrangentes, o policial é legítimo educador e essa dimensão reveste de profunda nobreza a função, quando exercida através de comportamentos e atitudes. O reconhecimento dessas “dimensões pedagógicas” é seguramente, o caminho mais rápido e eficaz para a reconquista da abalada autoestima policial.
A Polícia é, portanto, uma espécie de superego social indispensável em culturas urbanas, complexas e de interesses conflitantes, contendedora do óbvio caos que estaríamos expostos na absurda hipótese de sua inexistência. Não existe sociedade que não tenha assentamento, entre outras, no poder de polícia. Zelar, pois, diligentemente, pela segurança pública, pelo direito do cidadão de ir e vir, de não ser molestado, de não ser saqueado, de ter respeitado sua integridade física e moral, é dever da polícia, um compromisso básico dos direitos humanos que deve ser garantida ao cidadão; Por isso é que a polícia recebe desses mesmos cidadãos à autorização para o uso da força, quando necessário. “O uso da força não se confunde, contudo, com truculência”.
Ter identidade com a polícia, amar a corporação da qual participa, coisas essas desejáveis, não se podem confundir, em momento algum, com acobertar práticas abomináveis. Ao contrário, a verdadeira identidade policial exige do profissional um permanente zelo pela credibilidade e seriedade da instituição a qual participa.
Um verdadeiro policial, ciente de seu valor social, será o primeiro interessado no “expurgo” dos maus profissionais e corruptos, sabem que o lugar destes não seria na polícia, pois, além do dano social que causam, prejudicam o equilíbrio psicológico de todo o conjunto da corporação e inundam os meios de comunicação social com um marketing que denigre o esforço heróico de todos aqueles outros que cumprem corretamente sua espinhosa missão.
Para valorizar o bom policial é essencial lembrar da sua importância na construção da paz social através de seu comportamento como um verdadeiro pedagogo social.
Pesquisa/fonte: Curso de Agente de Segurança/ ACADEPOL-MG
Baletreri – SENASP-MJ.
Autor: Helio Ferreira de Lima
Delegado de Polícia
Diretor de Polícia da Capital
Articulista - Helio Ferreira
Delegado de Polícia do Estado do Tocantins, Professor de Direito Penal nas Faculdades Objetivos, Tutor de cursos da Área de Segurança Pública pela Senasp/ Ministério da Justiça, Pós- graduado em Direito Público; Docência e Gestão de Segurança Pública.
fonte: Governo do Estado do Tocantins - Secretaria da Segurança Pública
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