segunda-feira, 15 de abril de 2013

O homem dos Ratos, de Freud


Exemplifica com o caso do paciente , chamado "Homem dos Ratos".
A analise do caso expõem a presença de idéias dicotômicas se manifestam na constante indecisão, um estado de dúvida que acaba paralisando o sujeito e impedindo-o de fazer escolhas.
Ao se tomar uma decisão é preciso suportar a perda de algo e é justamente isso que o obsessivo não consegue suportar.
Segundo Lacan 1999, o que caracteriza o sujeito obsessivo é a sua capacidade de pensar, mas com a característica de que ele pensa para si mesmo e para anular o desejo do Outro.
Na fase anal, é o sujeito que está sujeitado a demanda do Outro. Assim, a introdução na fase anal ocorre por ser o Outro quem demanda ao sujeito. O obsessivo não se manteria numa relação possível com seu desejo senão à distância para que esse desejo subsista. Assim, seu desejo vacila e se oculta na medida de sua aproximação. Contudo, se o obsessivo se dedica a destruir o desejo do Outro, tende a desvalorizar e depreciar daquilo que é seu próprio desejo.

Freud 1909 comenta sobre a onipotência do pensamento do obsessivo e que ele não age, ele cogita. Assim, enquanto o sujeito histérico fala, chama atenção; o obsessivo vive cogitando, encontra-se impedido pela ruminação e envolvido por dúvidas e incertezas.
Conforme Bouvet 2005 , há duas fases no estágio anal-sádico. Na primeira fase os desejos sádicos destrutivos com intenções de incorporação são predominantes; na segunda é o desejo de posse, de manutenção do objeto, que confere uma satisfação narcisista ao sujeito. Assim, os diferentes desejos expressam o caráter ambivalente tão presente na neurose obsessiva, isto é, a retenção, o amor, e a expulsão, o ódio. Diferentemente da tendência à integração das pulsões da fase fálica, no período anal-sádico ocorre uma dissociação das diferentes pulsões parciais com a separação de elementos do erotismo e da destrutividade. O autor também comenta que no investimento libidinal anal há um duplo prazer: o de reter as excreções e o de evacuá-las. Assim, em casos de formação acentuada no caráter anal, pode-se encontrar indivíduos que se relacionam com os seus objetos de interesse e amor na forma de ter prender e de dar, isto é, uma relação com a propriedade.

fonte: internet

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